quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O que é um príncipe? Por que meu filho será um príncipe.



Nicolas, hoje a mamãe recebeu um lindo conjunto de macacão que comprou pela internet. Na realidade foram dois conjuntos, mas um deles é mais especial porque eu o escolhi para ser a primeira roupa que você vai usar ao nascer.
Ele é lindo! Branquinho com detalhes em azul e de ursinho. O macacão vem com um agasalho por cima que tem um ursinho com uma linda coroa e no detalhe da perna diz em francês: Eu sou um príncipe!

Isso me fez pensar que muitas mães e pais chamam seus filhos e filhas de príncipes e princesas. Acredito que várias devem ser as razões para isso... como, por exemplo, que toda família é um reino, com o rei e a rainha e que seus filhos são seus príncipes ou a princesas. Outra razão que me parece ser bem comum é considerar o filho ou a filha de uma beleza dignas da realeza segundo o senso comum.
E porque tanta importância, ou questionamentos acerca do que levam os pais a chamarem seus filhos(as) de príncipes (ou princesas)? É algo tão natural, tão comum afinal de contas. Contudo, para mim as palavras e o porque de dizê-las, seu significados e significantes, tem sim muita importância, afinal elas nos constroem em grande medida.

Essas reflexões levaram-me então a pensar nos meus motivos e os de seu pai Nicolas, para chamá-lo de príncipe. Então, filho, aqui vai uma breve explicação do porque para nós você é um príncipe.
Nós acreditamos que um príncipe muito acima de ser belo, deve ser um ser humano bom , que preza pelo bem comum em suas ações, que preocupa-se com o bem estar do outro tanto quanto o seu próprio bem estar. É aquele que não faz ao outro o que não quer que o outro lhe faça. É uma pessoa que possuí respeito e cuidado para com os mais velhos. É um homem educado e gentil para com todos, e que sabe que o mais importante não está na superfície, na aparência das pessoas, mas sim dentro delas, em sua alma e seu caráter. Um príncipe entende que esses valores são muito importantes do que beleza, classe social, cor ou religião.
Um príncipe, para nós seus pais, é um ser humano que busca sempre a justiça, que procura ser honesto e justo em tudo aquilo que faz, simplesmente porque acredita que é o correto a se fazer. Um príncipe não mente! Nem para si mesmo ou para qualquer outro, porque a mentira não pode trazer nada de bom nem justo.
Ele trata as mulheres com gentileza, respeito e amabilidade, porque assim merecem ser tratadas as damas, as princesas e as rainhas que partilham dos mesmos valores de um príncipe como você.
Ao escolher uma mulher para dedicar seu amor a ela,  a respeita, cuida dela, como uma joia rara que foi presente de Deus. Mas, a escolha muito bem! Pois, nem todos são educados para serem verdadeiros príncipes ou princesas. Acredito que eu e seu pai lhe educaremos para que você saiba distinguir as verdadeiras princesas das falsas.

Então, Nicolas, por tudo isso que lhe dissemos você é um príncipe! Porque você será educado para ser um homem que preza pela justiça, que pratica a bondade, que busca em suas ações o que é correto e bom para todos além de si mesmo. Será educado para respeitar e ser gentil com os mais velhos, e com todos. Independente de qualquer critério superficial, porque você aprenderá que o mais importante são os valores que as pessoas carregam dentro de si e que constituem o seu caráter. Você é um príncipe porque será um homem cheio de sabedoria e inteligência e saberá usá-las em seu cotidiano e não apenas em questões teóricas.
Eu e seu pai nos esforçamos para praticar esses valores todos os dias. É verdade que nem sempre conseguimos, pois somos seres humanos falhos, com defeitos, mas sempre nos esforçamos para conseguir ser como um rei e uma rainha devem ser. Esforçar-se para fazer o certo é sempre o mais importante!
Nunca acredite se lhe disserem o contrário! Eu e seu pai somos muito felizes e você é fruto desse amor muito feliz que vivemos nesses mais de 14 anos juntos. Acredite em nós! Príncipe!
Vanessa Nascimento

sábado, 12 de outubro de 2013

PsicoMães: A dificuldade em se fazer um enxoval neutro

PsicoMães: A dificuldade em se fazer um enxoval neutro:                  Desde muito antes de engravidar sempre tive em mente o quanto o mundo dos bebês nos solicita a consumir, e muitas vezes ...

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Saudades de Cuiabá

Voltei  de Fortaleza há pouco mais de uma semana. Foi a primeira vez que voltei para Jataí e posso dizer que não senti como se estivesse voltando para casa, coisa que senti em Cuiabá mesmo antes de me mudar definitivamente para lá. Nos seis meses que passei indo de Fortaleza para Cuiabá, por volta da quarta vez que viajei, quando deixei Cuiabá senti estar deixando meu lar e não voltando para ele. E da quinta vez que fui, uma antes da definitiva, senti como se estivesse regressando para o meu lar.
Infelizmente não tive essa sensação agora e não sei se terei. Em Cuiabá eu também não trabalhava remuneradamente fora de casa, passava também grandes períodos do dia sozinha, contudo não chegava a me sentir sozinha. E agora em Jataí me sinto.
É claro que a cidade tem suas belezas e vantagens, eu mesma já as enumerei aqui. Mas, não consigui sentir com a cidade um sentimento de pertença como senti com Cuiabá. Para falar a verdade eu me sinto aqui o tempo todo com um forte sentimento de não pertença. Um sentimento de que não pertenço a cidade, a sua cultura, ao seu cotidiano, na realidade a nada daqui.
Creio que as relações que desenvolvemos fazem um papel importante para formar esse sentimento de pertença. Mesmo que eu tenha sentido esse sentimento por Cuiabá, bem antes de ter desenvolvido laços de amizade com as pessoas de lá.
Walmir tem me perguntado se tenho vontade de voltar para o nordeste, ou para Fortaleza. Para Fortaleza eu não tenho vontade de voltar, mesmo tendo construído a maior parte da minha vida lá. Quanto a morar no nordeste, numa capital menor, com menos problemas de cidade grande do que Fortaleza poderia ser... Mas, se me dissessem quer voltar para Cuiabá, provavelmente eu diria sim sem demorar muito.
Todos que eu conheço de Cuiabá, que são ou não cuiabanos, falam muito mal da cidade, principalmente pela temperatura média ser 40º. Não nego que é difícil viver com tanto calor, até porque a noite a temperatura não diminuí. Mas, sempre existe um ar condicionado e um umidificador de ar para ajudar. A cidade tem um lindo parque, bons shoppings com várias salas de cinema, teatro com peças frequentes, barzinhos ótimos, bons restaurantes, os preços são salgados, mas a gente se acostuma. Enfim... hoje estou com saudades de casa e não é de Fortaleza que tenho saudades.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Morar longe da Família....pode ser bom!

Quando digo que moro longe da minha família, que sou nova na cidade, logo as pessoas falam: nossa o mais difícil deve ser a falta da família. Eu costumo responder sim: pai e mãe fazer muita falta! Na realidade vou dizer do que mais sinto falta: dos meus pais e dos meus amigos do G7. Agora o restante da família posso dizer que nos últimos tempos tem até sido bom morar longe!
Isso porque quando crescemos, mudamos muito, pelo menos eu mudei muito! Minha faculdade foi um divisor de águas da minha vida. E ao final, eu fiquei muito diferente do restante das pessoas da minha família. Algumas coisas não tolero mais, como atitudes racistas ou homofóbicas. E alguns integrantes da minha família, a maioria eu diria, são pessoas que são racistas e homofóbicas. Então quando ouço ou vejo algum cometário nesse sentido, por parte de algum dos membros da minha família, eu penso, ainda bem que vou criar meus filhos longe dessas pessoas.
É claro que não posso impedir que meus filhos tenham contatos com pessoas assim, contudo, acredito que se esse tipo de atitude, comportamento é visto dentro da próprioa família, fica mais difícil para criança assimilar porque dentro da casa de seus pais é diferente do que é ali na casa de um tio ou tia da sua mãe. E realmente fica difícil de explicar.
Quero que meus filhos sejam criados principalmente para respeitar os outros seres humanos. Para saber que caráter não está relacionado a cor de pele ou parceiro sexual, mas está relacionado a suas atitudes e comportamentos de respeito e ética para com o próximo e para consigo mesmo. Quero ensinar aos meus filhos que família é mais que um casal hétero com filhos biológicos, que família é o lugar do máximo amor, o amor incondicional e desiteressado, o lugar de confiança, de respeito, de companheirismo, o porto seguro com o qual você sempre pode contar e que muitas vezes independem de vículos biológicos, de sangue. E que isso também independe do casal ser hétero ou homo. Pois, eu conheço inúmeros casos em que um casal hétero está unido por outros interesses que não o amor, e a vida entre eles é mais parecida com um inferno do que com qualquer outra coisa. Então, eu me pergunto, isso é família?
Ser diferente, pensar diferente tem seu preço, e um deles é que muita gente da minha família nos olha, a mim e ao meu marido, com um olhar de desdém ou seja lá o que é, mas que diz que você não faz parte do meu ciclo. Graças à Deus! Mas, não queria que meus filhos logo cedo se deparassem com esse tipo de olhar. Então, por vezes acho melhor não morar perto de toda a familia. Claro que meus pais e alguns parentes não estão incluídos nessa parte da família. Mas, eles podem viajar mais vezes para me ver, e com isso matamos mais das saudades!
Outro lado bom de morar longe da família como um todo, é que nos ligamos ainda mais ao nosso esposo, pois nossa família se resume a ele. Tornamo-nos ainda mais companheiros um do outro. Todo nosso amor vai um para o outro, nossa atenção, nosso cuidado. A relação torna-se ainda mais forte! Mas, acredito que isso se deve a já termos uma relação muito boa, antes de passarmos a viver longe das nossas famílias.
Assim, morar longe tem seus dissabores sim, mas também tem seus prazeres, tudo é uma questão de ponto de vista.

sábado, 13 de abril de 2013

Para Cristine com Carinho

O post de hoje vai para uma grande amiga que faz aniversário hoje e que conheço há mais ou menos 11 anos: Cristine Costa Cabral. Lembro do dia que a vi chegando de saia cinza e blusa rosa para trabalhar conosco na CDL. Logo descobri que seus maiores sonhos eram casar e ser mãe. Coincidentemente os meus naquela época também eram. E dali nasceu uma boa amizade. Digo boa, porque o que essa amizade sempre me trouxe foram coisas boas.
A Tine, como costumamos chamar, veja não é cris o seu apelido, como a maioria daquelas que tem esse nome, é uma amiga diferente. Ela não adula ninguém, é muito direta, mesmo se isso for ser dura demais. Ela costuma dizer que tem um jeito seu Lunga de ser. O que com certeza nem sempre é muito bem aceito pelas pessoas.
Mas, por trás do jeito seu Lunga de ser, tem uma amiga que sempre torce pela sua felicidade, participa dos seus sonhos torcendo por eles como se fossem seus. Tem uma amiga que sempre se faz presente, mesmo quando moramos à distância. Hoje moramos a mais de 2.000km de distância e ainda é uma das amigas com quem mais falo.
A Tine, tem muitas qualidades, mas ultimamente, quando me refiro à ela sempre digo: ela é uma grande mãe. E é sim! Sabe aquele sonho de ser mãe que foi uma das coisas que ela primeiro partilhou comigo, pois é, ela nasceu para ser mãe. E não é qualquer mãe não, ela é uma ótima mãe!
Num tempo em que nos deparamos cada vez mais com crianças dificeís, cheias de vontade, que não respeitam e nem conhecem limites ou autoridade paterna ou materna, fico admirada de ver sua filha ser uma criança tão educada, comportada, e que isso não signifique a castração da criatividade da criança ou que ela esteja sendo educada para ser subserviente. Nem de longe! Mas, é simplesmente uma criança que reconhece a autoridade dos pais e sabe respeitá-la e isso é mérito de uma grande mãe: a Tine.
Profissionalmente acredito que ela tenha se encontrado. Está trabalhando na clínica com crianças e adolescentes, o que além de lhe dar um grande prazer também permite uma boa conciliação com o seu papel de mãe, esse sim sempre prioridade em sua vida. Mais do que carros caros, marcas famosas, viagens caras, ou qualquer outra dessas coisas da sedutora sociedade de consumo. Como ela mesma me disse no dia que viu a Nadine dar os primeiros passos, eu estava presente, não há dinheiro no mundo que pague eu poder ter visto quando minha filha começou a andar. Aqueles que tem seus filhos atendidos por ela, são pais de grande sorte!
E é por tudo isso que ela tem minha admiração, meu carinho, minha amizade. E meu desejo de que sempre tenha uma vida cheia de alegrias, e que hoje seja um dia muito feliz, que sirva para recarregar suas energias e motivações para a realização de mais sonhos!
Um grande abraço da amiga que te admira,
Nessa

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Morar em cidade do interior

É a primeira vez que moro numa cidade do interior. Nasci em São Paulo capital e vivi lá por 10 anos. Quando cheguei em Fortaleza em 1991, apesar de ser uma cidade muito diferente da que eu conhecia, ainda assim era uma capital. E eu cresci ali e adotei aquela cidade como a minha cidade de coração. Vi o Iguatemi, o maior shooping da cidade quando cheguei mais que dobrar de tamanho. Vi muitos outros shoppings inaugurarem. Entre muitas outras coisas que fizeram a cidade crescer.
Quando me mudei para Cuiabá, todos perguntavam como estava a minha adaptação. Ao ouvir essa pergunta, por trás dela eu também ouvia um ar de ... como é possível você se adaptar e gostar de uma cidade tão longe de tudo, e pasmem muitas pessoas achavam que eu estava morando no Norte do país, ao invés de estar morando no Centro Oeste. O que corroborou a minha idéia de que muitas pessoas são centradas demais no próprio mundo, que nem sequer sabem os estados, as capitais e as regiões do país em que vivem. Enfim, parecia que todos achavam que eu morava no fim o mundo e achavam estranho eu estar feliz morando lá.
Cuiabá é uma capital, mas ainda com muitas coisas menores que outras capitais. Se lá nós não temos serviço de bateria para carro 24h, ou as lojas no centro da cidade fecham ao meio dia do sábado e não abrem no domingo. Também não temos crianças e adultos pedindo em sinais de trânsito. Não temos vidros de carro quebrados para roubarem as bolsas. E carros são roubados sim, mas os populares são bem menos visados do que as caminhonetes importados, e esse também o mesmo quadro de Jataí. Meu marido costumava dizer que era uma capital, mas ainda com coisas de cidade pequena.
Agora estou morando em Jataí, interior de Goiás. Pela primeira vez numa cidade realmente do interior. Meus maiores medos era o tédio, o nada para ver ou fazer, que torna a solidão e a saudade dos familiares ainda piores de serem suportadas.
Cheguei cheia de receios, medos, e mesmo com uma má vontadezinha. Faz pouco mais de um mês, e quando meu marido me perguntou na semana passada se eu queria ir morar na capital eu gritei logo, de jeito nenhum!
Leva pouco tempo para gente se acostumar com o que é bom! Para quem já viveu o inferno de trânsito de cidade grande, não há nada melhor do que o trânsito de Jataí. Não que não existam os grossos e sem educação, mas é muito menos. Não existe engarrafamento! Rapidamente você chega em qualquer dos 4 cantos da cidade. Meu marido leva entre 5 a 10 minutos para ir ou voltar do trabalho. Pode vir almoçar em casa. Imagina quando os filhos chegarem, poderemos almoçar com nossos filhos. Passar mais tempo com eles e menos no trânsito se aborrecendo. Só isso já faz valer muito a pena morar aqui.
Quanto ao lazer e vida cultural as atividades são outras: parques ecológicos, parques aquáticos, temos um shopping com três salas de cinema e isso já ajuda bastante. Mas, se quisermos mais opções não custa muito ir a capital, uma viagem entre 4h de carro e temos goiânia em nossas mãos. Assim, tô preferindo uma vidinha mais simples e tranquila no interior mesmo!

quinta-feira, 14 de março de 2013

A Dificuldade em se escrever as "Considerações Finais" no Mestrado

Bem, fazem mais ou menos 24h que me deparo com uma tela de word em branco cujo título é considerações finais... Meu primeiro impulso foi colocar: "Tire suas próprias conclusões" e depois foi "Não concluí nada." Mas, a folha continua em branco sem nenhuma frase...
Alguns podem pensar "Ah mais essa é a melhor parte, o pior já passou" É verdade que talvez seja a melhor parte, porque somos nós quem escrevemos sem ter que citar fulano e sicrano. Contudo, não sei se o pior já passou, visto que todo esse texto ainda será visto e revisto pelo orientador e todo esse movimento provavelmente terá um impacto sobre minhas considerações finais.
Agora o mais difícil talvez seja o fato de que passamos todo o mestrado ansiando por chegar a essa página, por escrever o que concluímos, é um momento solene, e porque não dizer o orgasmo do mestrado! É um momento sonhado, aquele dia em que escreverei minhas considerações finais....
Toda a minha escrita, desde que estava estudando para fazer a prova para entrar no mestrado tem uma trilha sonora, eu só consigo escrever com música. E por isso, várias vezes cheguei a pensar, quem embalaria esse momento. A depender de quem eu escuto vem uma inspiração diferente.
Tenho escutado clássicos internacionais, Whitiney Huston, Adele, e ainda assim não consegui avançar a primeira letra, quem dirá um parágrafo ou duas páginas. Mas, algo me diz que o problema não é bem a escolha da trilha sonora...
Acho que essa dificuldade também vem por ser um momento de despedida, estou deixando um filho, com quem convivi por mais de dois anos, para trás, é hora de encarar novos projetos. Então, escrever as considerações finais é meio que uma despedida para mim desse filho que foi gerado, mas com quem não terei tanto contato, tal como tive nos últimos dois anos...
Preciso escrever, preciso encerrar essa parte da minha vida, mas ainda não sei por onde começar...

quinta-feira, 7 de março de 2013

Desrespeito

Essa postagem de hoje vai para uma pessoinha que tem 1 ano e 10 meses e que ainda vai demorar muito para ler o que eu estou escrevendo aqui: minha sobrinha Vivinha!
Hoje eu soube que ela anda ficando de castigo na escola e o pior além de bater nos coleguinhas, bateu na cara da professora. Fiquei horrorisada! A professora informou que essa é a sua reação quando é chamada atenção por alguma coisa que faz de errado. Mais horrorizada ainda, pois demonstra que é um comportamento que já tem uma função para ela, e que logicamente anda sendo reforçado.
Como santo de casa não obra milagre, pedi a mãe dela para procurar ajuda profissional ou pelo menos participar de grupos de discussão sobre o tema na internet. Desejo que ela o faça, para o bem dela, da criança e de todos.
Mas, porque o meu, vamos chamar: horrorisamento, estava pouco. Liguei para minha mãe, avó da menina, e contei o acontecido. Ela me disse rindo que já sabia. Fiquei pasma, e perguntei: "A sra. realmente acha isso engraçado?" Ela rindo ainda, mas um pouco sem jeito, disse eh...Então, eu disse denovo, "Mãe isso é um horror! Como é que uma menina que não tem 2 anos completos já aprendeu a bater nas pessoas, inclusive na professora, quando as pessoas lhe chamam a atenção para algo que ela faz de errado?" Ainda rindo a minha mãe disse que a mãe da minha sobrinha informou que ela anda ficando muito de castigo por desobediência. Eu já irada com a situação disse: "Se a mãe dela achar graça do que ela faz que nem a senhora, está explicado porque ela anda batendo nas pessoas." Então minha mãe diz: "É eu acho que ela ri na frente dela. Já disse que ela não pode rir na frente dela."
Então sem mais querer estender uma discussão que não levaria a nada, com algumas poucas palavras encerrei o assunto e disse que toda essa situação não tinha graça nenhuma e que era bom que a mãe dela procurasse logo ajuda.
Estou horrorisada com os comportamentos da minha mãe e da minha sobrinha. Será que só eu acho isso um absurdo? Será que estou exagerando? E será que não se horrizar com coisas como essa, e levar tudo como se isso fosse normal, nada demais, não são atitudes que contribuem para que alunos adolescentes e adultos agridam professores em escolas públicas e privadas e até mesmo universidades, quando sentem-se insatisfeitos com alguma atitude de seus mestres?
Ontem o jornal da record mostrou casos de violência contra professores nas escolas e universidades. E eu fiquei me perguntando e depois afirmando que tudo isso começa cedo na escola e em casa, quando os pais não conseguem se fazer respeitar pelos filhos, ou melhor, ensinar o respeito, ensinar limites.
Não posso estar perto da minha sobrinha e falar olhando para ela, mas vou escrever aqui: hoje eu estou sinceramente triste com o seu comportamentom e com a da sua avó.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O racismo/preconceito e o amor (ou a falta dele)...

O que eu posso dizer sobre o preconceito, o ódio que determinadas pessoas nutrem por outras apenas pela cor de sua pele, ou por serem praticantes de determinada religião, ou por fazer uma opção sexual diferente da sua, ou ainda odeiam o outro porque nasceu em determinada parte do país, ou em determinado país...
Como entender que existam esse tipo de pessoas? Como explicar a intolerância, a existência dessas pessoas para os meus filhos quando eles nascerem?
Só posso dizer a respeito dos preconceituosos e racistas que são pessoas que não tiveram a felicidade de conhecer o amor verdadeiro, de amar e ser amado por alguém, porque quem conhece o amor de verdade não pode praticar nenhum tipo de intolerância e ódio ao próximo por motivos tão estúpidos.
Infelizmente existem diveras formas de preconceito perpetuadas em nossa cultura, no nosso país. E uma que aprendi desde pequena, é quando o negro renega sua própria cor. Quando não se considera negro e pratica preconceito com relação a outros negros.
Minha família é de origem negra. Meus tataravós, meus bisavós e avós. É certo que na realidade houveram muitas uniões entre os negros e os brancos e até mesmo os índios de ambos os lados da minha família. Mas, muitos negros, não se consideram tal e praticam preconceito com relação a outros negros. Não percebem a cor de sua própria pele ou de quem está ao seu lado. Sempre achei estranho esse comportamento desde pequena, mas só adulta pude compreender do que se tratava realmente.
O pior eh que muitas pessoas, e talvez mesmo eu, praticam a forma disfarçada de racismo, utilizam-se de piadinhas preconceituosas em seu cotidiano. E continuam alimentando as próximas gerações para perpetuar essa prática. Devemos estar atento aos nossos comportamentos, mesmo aqueles que consideramos sem grande importância. Eles podem estar alimentando esse monstro.
Hoje assistindo a uma cena de lado a lado, novela das 18h da rede globo, que trata com muita beleza do tema, chorei ao pensar que meus antepessados tiveram que passar por algo semelhante. Na cena um rapaz negro pintou seu corpo de pó de arroz para poder jogar futebol, seu grande sonho. Já que no início do século o futebol era um esporte de branco eletista. Ao lembrar da cena ainda choro!
Choro mais ainda ao pensar que tanto tempo já se passou e mesmo assim pessoas ainda sofrem humilhações pela cor de sua pele, por sua escolha religiosa, ou por serem de determinado lugar. E quando sinto tudo isso me vem a pergunta mais uma vez, como explicar que uma pessoa faça isso com outra? Mais uma vez só consigo encontrar uma resposta: essas pessoas não foram abençoadas com a dádiva de conhecer o amor de verdade e serem amadas.
São dignas de pena, pois irão morrer sem conhecer o melhor da vida. Quem ama de verdade, quem é amado não consegue praticar um ato tão cruel quanto o preconceito/racismo com outro ser humano. O amor de verdade nos ensina respeito e tolerância com as diferenças. Afinal eu aprendi que foi isso que Jesus nos ensinou. Não consigo dizer que sou cristã e incitar ou praticar a intolerância e ódio contra meu semelhante, por motivos tão estúpidos quanto a cor da pele, a escolha religiosa, o lugar onde nasceu ou a opção sexual do indivíduo.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Morar em Cuiabá e suas intempéries parte III

Na realidade estou morando em Cuiabá há pouco mais de um ano e confesso que a cidade tem muitas coisas que eu gosto, sinto-me bem aqui na maior parte do tempo. É um lugar no qual fui muito feliz mesmo! E como diz meu irmão, o lugar é bom quando nós estamos felizes nele.
Talvez vocês já tenham percebido que eu disse fui... isso porque estou de mudança agendada para uma nova cidade dentro de mais ou menos um mês. Meu marido passou em novo concurso, melhor ainda dessa vez apesar de continuar trabalhando no TRT. Agora ele é servidor de nível superior em Goiás, ou melhor dizendo na cidade de Jataí Sudoeste de Goiás.
Confesso que senti e ainda sinto uma certa resistência a mudar, pois realmente não tenho muitas coisas a reclamar de Cuiabá. Sim é uma das cidades mais quentes do país, quem sabe até do mundo. Nossa temperatura média quando não está muito quente, ou seja, em nossos melhores dias é de 37º. O clima é bem seco. E sofremos com as frentes frias que levam temperaturas de 42º aos 18º no mesmo dia num curto espaço de tempo. O sistema imunológico demora para se adaptar um pouco, mas se adapta!
Para o calor, temos o ar condicionado. Hoje com produtos bem em conta e com consumo baixo de energia. Para a secura do clima temos o umidificador e assim vamos seguindo. Agora para certas coisas não temos uma solução tão fácil, ou mesmo, talvez, nem tenha. E sinto-me à vontade para falar disso porque muitos cuiabanos que conheço aqui reclamam da mesma coisa: o péssimo atendimento nos serviços.
Fortaleza minha cidade natal é claro também tem os estabelecimentos nos quais entramos ou solicitamos serviços e que os vendedores nos tratam com um desprezo, e com uma cara de quem estão nos prestando um favor e atrapalhando o dia deles. Mas, isso não é a regra, muito pelo contrário.
Já aqui em Cuiabá a excessão é você conseguir um bom atendimento em qualquer que seja o serviço que você procure. Lembro de quando estávamos procurando coisas para nossa casa nova e fomos a uma marmoraria em que o vendedor estava sentado se balançando numa cadeira e lá continuou. Fomos até ele, e perguntamos sobre o serviço, ele quase não tinha coragem de falar, deu as informações num pedaço de papel rascunho já usado. Perguntamos se poderíamos ver as pedras de granito e alguma pia que estivesse pronta, ele disse assim: "ah desse aqui e chamo o sr. fulano que ele te mostra" e continou lah se balançando na maior folga. Minha vontade foi sair correndo dali, soh não o fiz porque quando saímos do escritório em que tivemos "o atendimento" havia um pitbull solto, dormindo perto do nosso carro, então saí calmamente para não assustar o pitbull.
Naquela mesma noite contanto um episódio para uma cuiabana ela me disse não se assuste esse é o padrão de atendimento cuiabano.
Nessas horas eu realmente sinto vontade de morar em outro lugar. Porque isso não é um episódio isolado. O tal padrão do "não bom atendimento cuiabano" é encontrado por mim desde a budega do seu zé, aos corretores de imóveis, as grandes lojas e mesmo restaurantes. Claro que há excessões, até porque a profissional que nos vendeu nosso apto é excelente e somos só elogios a ela, mas antes de encontrá-la penamos muito!
A bola da vez agora são as transportadoras de mudanças. Não há como não precisar delas para fazer a mudança, não posso fazer no nosso carro, e nem me dar ao luxo de comprar tudo novo, então precisarei delas. E é justamente esse sentimento o de precisar. Elas nos atendem como se fizessem um grande favor. Para começar, das 7 empresas que liguei apenas uma ficou de mandar um vistoriador para fazer o orçamento. Duas outras ficaram de me ligar baseada apenas no que falei ao telefone, ou seja, sem contabilizar as coisas exatamente, para passar o orçamento, e bem isso faz.... uma semana e nada. Outra me passou uma lista para que eu preenchesse, um verdadeiro saco! Eles esperam realmente que eu conte cada item da minha casa? Isso não é serviço deles? A empresa disse que não tinha vistoriador, que eu preenchesse o tal formulário, detalhamente e mandasse para eles. Com muita raiva preenchi, não tão detalhadamente assim, e estou no aguardo, mas essa pelo menos faz um dia só que mandei o bendito formulário. Outras duas os telefones não funcionam. E a única que marcou para o vistoriador vir parecia séria e tudo mais. Ligou-me para confirmar a tal visita, eu confirmei. Era para ter sido ontem 13h30min. Hoje são... 11h03min e ele aqui não veio e nem ligou para dizer nada. Eu ainda liguei para empresa ontem no final para saber o que havia ocorrido, a pessoa que me atendeu ficou de ligar e..... eh ela não ligou, não deixou recado e estou a ver navios.... O pior é que eu preciso de uma transportadora para me mudar e vou ter que ligar para bendita transportadora denovo! Pois até agora tenho um orçamento apenas.
Começo a me desapegar da idéia de morar em Cuiabá e receber com bons olhos a minha nova cidade Jataí, pelo menos ao comércio local meu marido, que já está morando lá há quase um mês é só elogios! Mas, para chegar lá ainda vou ter que passar por alguns aborrecimentos mais com as tais transportadoras. Interessante que duas dessas transportadoras são nacioanais e o serviço que me prestaram em Fortaleza foi infinitamente diferente e melhor do que não estão me prestando aqui.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Quais as diferenças entre Sonhar, Planejar e Idealizar???

Tenho vivido momentos nos quais tenho me perguntado quais são as diferenças entre sonhar, idealizar e planejar. Algumas pessoas dizem que eu idealizo demais as coisas.... e elas estão certas.
Idealizar é mais do que sonhar. É querer que seu sonho além de ser realizado aconteça nos moldes em que você planejou, idealizou.
A vida nunca é assim. Você planeja muito, sonha muito, idealiza muito, mas o real é permeado pelo acaso, pela subjetividade das pessoas, ele não é controlado, e jamais poderia ser. O real é assim cheio de coisas que não foram pensadas, programadas, imaginadas, e mesmo assim as coisas acontecem, o seu sonho encontro o caminho dele e acaba se realizando, mesmo que o caminho percorrido tenha sido bem diferente.
Então, para esse ano de 2013 uma das minhas resoluções é compreender e aceitar na minha vida, que eu não posso e nunca poderei controlar as coisas para que elas saiam exatamente a meu modo, ao modo que idealizei. Isso não quer dizer que eu não possa sonhar, nem planejar. Afinal quem não sonha não vive!
Vamos sim ter sonhos! Mas, vamos sonhá-los sem tantos detalhes minuciosos, sem tantas programações de datas, limites de tempo!
Planejar é sempre bom, mas vamos nos manter abertos para o acaso, para os improvistos, vamos planejar o básico, o indispensável, o resto vamos vivendo com fé! Quem serve a Deus nunca está desamparado!Seremos sempre vitoriosos em Cristo Jesus! Eu creio!
Então, essas são algumas resoluções de 2013: planejar sim, mas o básico, sonhar sim, mas idealizar não! Ser uma pessoa de mais fé! Compreender e aceitar que eu não controlo nada! E ainda gostar disso!!!