quinta-feira, 14 de março de 2013

A Dificuldade em se escrever as "Considerações Finais" no Mestrado

Bem, fazem mais ou menos 24h que me deparo com uma tela de word em branco cujo título é considerações finais... Meu primeiro impulso foi colocar: "Tire suas próprias conclusões" e depois foi "Não concluí nada." Mas, a folha continua em branco sem nenhuma frase...
Alguns podem pensar "Ah mais essa é a melhor parte, o pior já passou" É verdade que talvez seja a melhor parte, porque somos nós quem escrevemos sem ter que citar fulano e sicrano. Contudo, não sei se o pior já passou, visto que todo esse texto ainda será visto e revisto pelo orientador e todo esse movimento provavelmente terá um impacto sobre minhas considerações finais.
Agora o mais difícil talvez seja o fato de que passamos todo o mestrado ansiando por chegar a essa página, por escrever o que concluímos, é um momento solene, e porque não dizer o orgasmo do mestrado! É um momento sonhado, aquele dia em que escreverei minhas considerações finais....
Toda a minha escrita, desde que estava estudando para fazer a prova para entrar no mestrado tem uma trilha sonora, eu só consigo escrever com música. E por isso, várias vezes cheguei a pensar, quem embalaria esse momento. A depender de quem eu escuto vem uma inspiração diferente.
Tenho escutado clássicos internacionais, Whitiney Huston, Adele, e ainda assim não consegui avançar a primeira letra, quem dirá um parágrafo ou duas páginas. Mas, algo me diz que o problema não é bem a escolha da trilha sonora...
Acho que essa dificuldade também vem por ser um momento de despedida, estou deixando um filho, com quem convivi por mais de dois anos, para trás, é hora de encarar novos projetos. Então, escrever as considerações finais é meio que uma despedida para mim desse filho que foi gerado, mas com quem não terei tanto contato, tal como tive nos últimos dois anos...
Preciso escrever, preciso encerrar essa parte da minha vida, mas ainda não sei por onde começar...

quinta-feira, 7 de março de 2013

Desrespeito

Essa postagem de hoje vai para uma pessoinha que tem 1 ano e 10 meses e que ainda vai demorar muito para ler o que eu estou escrevendo aqui: minha sobrinha Vivinha!
Hoje eu soube que ela anda ficando de castigo na escola e o pior além de bater nos coleguinhas, bateu na cara da professora. Fiquei horrorisada! A professora informou que essa é a sua reação quando é chamada atenção por alguma coisa que faz de errado. Mais horrorizada ainda, pois demonstra que é um comportamento que já tem uma função para ela, e que logicamente anda sendo reforçado.
Como santo de casa não obra milagre, pedi a mãe dela para procurar ajuda profissional ou pelo menos participar de grupos de discussão sobre o tema na internet. Desejo que ela o faça, para o bem dela, da criança e de todos.
Mas, porque o meu, vamos chamar: horrorisamento, estava pouco. Liguei para minha mãe, avó da menina, e contei o acontecido. Ela me disse rindo que já sabia. Fiquei pasma, e perguntei: "A sra. realmente acha isso engraçado?" Ela rindo ainda, mas um pouco sem jeito, disse eh...Então, eu disse denovo, "Mãe isso é um horror! Como é que uma menina que não tem 2 anos completos já aprendeu a bater nas pessoas, inclusive na professora, quando as pessoas lhe chamam a atenção para algo que ela faz de errado?" Ainda rindo a minha mãe disse que a mãe da minha sobrinha informou que ela anda ficando muito de castigo por desobediência. Eu já irada com a situação disse: "Se a mãe dela achar graça do que ela faz que nem a senhora, está explicado porque ela anda batendo nas pessoas." Então minha mãe diz: "É eu acho que ela ri na frente dela. Já disse que ela não pode rir na frente dela."
Então sem mais querer estender uma discussão que não levaria a nada, com algumas poucas palavras encerrei o assunto e disse que toda essa situação não tinha graça nenhuma e que era bom que a mãe dela procurasse logo ajuda.
Estou horrorisada com os comportamentos da minha mãe e da minha sobrinha. Será que só eu acho isso um absurdo? Será que estou exagerando? E será que não se horrizar com coisas como essa, e levar tudo como se isso fosse normal, nada demais, não são atitudes que contribuem para que alunos adolescentes e adultos agridam professores em escolas públicas e privadas e até mesmo universidades, quando sentem-se insatisfeitos com alguma atitude de seus mestres?
Ontem o jornal da record mostrou casos de violência contra professores nas escolas e universidades. E eu fiquei me perguntando e depois afirmando que tudo isso começa cedo na escola e em casa, quando os pais não conseguem se fazer respeitar pelos filhos, ou melhor, ensinar o respeito, ensinar limites.
Não posso estar perto da minha sobrinha e falar olhando para ela, mas vou escrever aqui: hoje eu estou sinceramente triste com o seu comportamentom e com a da sua avó.