quarta-feira, 25 de maio de 2011

2º DIA DE ACADEMIA

Bem, depois de ter completado meus 30 anos na última sexta-feira minha primeira resolução foi finalmente realizar uma atividade física. Tenho fugido disso por quase 30 anos. Nunca consegui realizar nenhuma. Na escola fugia da educação física com atestados ou outras desculpas. Como sempre fui magra, nunca me liguei nisso. Lembro que por duas vezes há mais de 20 anos entrei na hidroginástica, mas não consegui fazer por 2 meses consecutivos.
O efeito de tudo isso, junto com uma vida mais do que sedentária, já que meu trabalho exige que fique sentada a maior parte do tempo, são estar com 30 anos e não conseguir fazer uma caminhada de 3 quarteirões sem fica ofegante, sem falar que se for conversando com alguém fica bem pior. Sinto muitas dores nas costas, e braços, e força nenhuma. Para completar nos últimos 6 meses engordei 3kg, quando deveria perder devido ao meu estresse. Antes dos 30 sempre funcionou assim.
Enfim, depois do primeiro dia, juro que quis desistir, pois senti muitas dores e não gostei das máquinas da academia, achei além de doloorido chato...
Mas, tentando ser aos 30 anos uma pessoa mais saudável e comprometida com suas metas, decidi que iria voltar para o meu segundo dia. E foi bem mellhor, dessa vez um avaliador físico me examinou, fez uma anamnese completa e preparou exercicios para o que realmente quero e preciso: ganhar condiconamento físico. E é o que trabalharemos nas próximas semanas, exercícios aeróbicos para ganhar resistência física, e no início 40 min todo dia, finalmente alguém que fala a minha língua.
Vamos ver os próximos capítulos!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Desorientação após Estudo Orientado

Depois das aulas de Estudo Orientado, normalmente sinto-me desorientada... mas, tem até um sentido bom nisso. Como assim? Desorientada no sentido de que não tenho respostas, que minhas angústias durante a leitura tendem a se ampliar após a discussão em grupo. Os meus piores pensamentos sobre a sociedade capitalista e as condições de trabalho tendem a ganhar contornos cada vez mais definidos e em meio a tudo isso a desesperança começa a crescer em mim....E meus pensamentos mais "românticos", "poéticos" ou "humanistas" sobre o futuro do trabalho vão desaparecendo cada vez mais e de alguns eu não vejo mais nem a sombra. E isso é muito triste e desesperador...
Mas. ao mesm tempo essa desorientação me faz bem. Pois, se estou pensando sobre isso tenho condições de me revoltar, de pensar de modo diferente do que os interesses do capital deseja. Posso pensar estratégias minímas, e individuais que sejam, para que o capital não consoma toda a minha vida, ou que me "roube" a felicidade em tudo. A desorientação me torna capaz de vislumbrar o nascedouro de minhas angústias e perceber que está muit além de mim e também sentir-me um pouco menos culpada pelo que acontece nesse mundo cão do trabalho.
Sei que eles detêm  o poder de comprar do meu trabalho. Sei também que a maioria dos sujeitos não se encomodam de serem exauridos pelos mecanismos de consumo do capital. E posso assim ver claramente, que os mecanismos de poder cumprem muito bem seu papel, não permitindo que boa parte da população questione a ordem que está sendo disseminada - de maneira camuflada ou não- pelos donos do poder, os detentores do capital.
Tenho me esforçado para ser diferente. Tenho tentado não me deixar pela neurose do ter, do consumir,  para que possa me dizer enquanro alguém nessa sociedade. Por esses pensamentos já levei o nome de "preguiçosa", "banqueira","ingênua", por estar sempre tentando subverter na minha vida a lógica do capital. Por, por exemplo, não ir trabalhar quando estava doente, por sair mais cedo, chegar mais tarde ou não ir trabalhar para ter que ir a uma consulta médica, por me recusar a ficar depois do meu expediente, ou paticipar de eventos fora do meu expediente de trabalho, para ficar com minha família ou meus amigos.
Já deixei de ganhar "um extra" porque tinha um compromisso com meus amigos e decidi não faltar a ele, e me recusar a ganhar esse extra fora do meu horário de trabalho. É claro que essas posições acabam te excluindo do mercado de trabalho, mas será que vale a pena mesmo estar incluída nessa loucura?
É claro que ser dessa forma tem suas consequencias, principalmente financeiras. Ainda não tenho minha casa própria. Eu e meu esposo temos apenas um carro, simples e popular de duas portas. Não bebemos vinhoou choop todo final de semana. Não frequentamos os lugares badalados, ou estamos sempre com roupas da moda, etc. Muitas vezes ficamos em casa curtindo só a cia um do outro. Mas, não sou radical, nem tanto ao mar ou a terra. Fazemos duas viagens por ano, tomamos nosso choop ou nosso vinho de duas a tres vezes no mês, nem sempre em lugares badalados, mais em bons lugares, lugares de qualidade. Temos sim pequenos luxos afinal ninguém pode se subeverter totalmente ao capital. Mas, o que costumo pensar é que precisamos de dinheiro sim e muito, mas talvez não tanto. Ou como já disse alguém numa música, que você diga a ele (dinheiro) pelo menos uma vez quem é mesmo o dono de quem!