quarta-feira, 20 de junho de 2012

Uma porta a menos ou a mais no mercado para psicologia?

Bem, não tinha onde escrever então vim aqui mesmo, rsrsrs. Hj, como parte da minha pesquisa de mestrado, liguei para algumas empresas para ver a posssibilidade do profissional que trabalha nelas participar.
Liguei primeiro para uma empresa na qual trabalhei alguns anos atrás. A pessoa que me atendeu responsável pela área num primeiro momento informou ser psicóloga, depois quando falei da pesquisa ela disse que teria que falar com a dona da empresa. Eu informei que o foco da pesquisa era ela e não a empresa, a empresa foi apenas o meio pelo qual consegui entrar em contato com ela. Foi então que ela disse que era a responsável pelo setor, mas não era psicóloga. Eu perguntei então se havia alguma psicóloga trabalhando para empresa. Ela informou que não, pois a dona da empresa não queria mais esse tipo de profissional trabalhando com ela.
A pessoa em questão me nformou ser da área de gestão de pessoas. E que desde o início desse ano trabalha na empresa e que a dona da empresa não quer mais trabalhar com psicólogos, pois teve muitos problemas. Minha última pergunta foi se ela trabalhava sozinha, e ela respondeu afirmativamente.
Depois de pensar um pouco no diálogo.... fiquei super feliz!!! Pois, é sinal de que os profissionais que passaram por lá depois de mim, também não se submeteram a: baixo salário, salário real diferente do salário em carteira, falta de pessoal, excesso de jornada, entre outras irregularidades que não vou citar agora.
A profissional em questão trabalha sozinha, e por conhecer a rotina da empresa há 5 anos atrás e saber que ela cresceu economicamente ainda mais nos últimos anos, sei que humanamente impossível um profissional dar conta de todo o trabalho com qualidade atuando sozinho, mesmo que 44h semanais. E sei também que uma das psicólogas posteriores a mim conseguiu trabalhar com uma equipe com duas estagiárias nessa mesma empresa. O que me leva a pensar que uma das duas coisas ocorre: ou não se consegue fazer o trabalho com qualidade, ou essa pessoa trabalha muito além das 44h semanais e ainda assim a qualidade ainda pode ser questionada.
É certo que é um profissional a menos para minha pesquisa. Mas, por um lado fiquei super feliz de que a dona da empresa não queira mais trabalhar com esse "tipo de profissional" (psicólogo), porque teve muitos aborrecimentos. Tenho certeza de que esses aborrecimentos são em parte questionamentos dos profissionais, que não se submetem a determinadas práticas.
Alguém pode dizer, mais uma oportunidade do mercado se fechou para o profissional de psicologia. Então, eu responderia como uma professora da UERJ respondeu numa palestra em maio desse ano: "Nesse tipo de empresa é preferível que o psicólogo não trabalhe mesmo, é preferível que ele fique realmente fora desse mercado."

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O lugar do filho(a) mais velho

Ser a filha mais velha sempre me forçou a ser mais responsável, a mais compreensiva, a que não pode se irritar facilmente e tem que dar o exemplo. Aquela que pode ficar sem algum privilégio, pois o irmão mais novo não pode, ele é mais novo, mais frágil tem que ser cuidado.
Ser a filha mais velha é a que minha família pensa ser aquela que deve cuidar e dar atenção preferencialmente aos pais, pois os mais novos eles não dão... e assim mesmo eh o jeito deles.
Ser a filha mais velha significa receber menos ligações dos pais, ou a ligar ter conversas rápidas, enquanto o filho mais velho recebe mais ligações, e tem as conversas mais demoradas.
Ser a filha mais velha significa receber menos ajuda em seu dia a dia, pois ela deve ser capaz de se virar melhor sozinha.
Ser  a filha mais velha significa também ser aquela cujas reclamações são sempre decorrentes de ciúmes e nunca baseada no dia a dia real de quem vive há anos no lugar de filha mais velha.
Na psicanálise tendemos a falar de lugares ocupados dentro de um contexto familiar. E ela ainda afirma que tendemos a repetir esse lugar em nossas outras relações.
De forma que esse lugar de responsável, de compreensiva, de paciente, de ser o exemplo que ensina eu ocupei em outras relações da minha vida. Contudo, às vezes quero chutar o balde e mandar a paciência e a compreensão para aquele lugar que não se pode falar.
Deixei de morar com meus pais há 7 meses. Vivo há mais de 3.000km deles. Fui vê-los duas vezes nesse período. Em nenhuma minha mãe foi me buscar no aeroporto, pois estava atendendo a algumas "necessidades" do irmão mais novo. Lei-a-se por necessidade: nada de importante.
É claro que me magoa de certo modo, mas principalmente me leva ao lugar que sempre ocupei o de que como eu sou mais velha, mais madura não devo me importar com isso. Enquanto, o irmão mais novo não pode passar por esse tipo de frustração.
Essa semana meu marido me perguntou vc não vai ligar para seus pais esse final de semana. Eu respondi que não, que não tinha necessidade, que eu precisava aprender a viver e ficar sem eles. E que eu esperaria eles ligarem, já que sou eu quem sempre ligo. Seis dias depois de receber a última ligação dela, liguei hoje e a conversa mais uma vez não chegou aos 10 min. Não preciso nem dizer que desde que meu irmão saiu de casa, são meus pais que sempre ligam para ele.
Se fosse fazer uma análise de toda essa relação levaria meses ou anos. Não vou me deter a isso. Vou tentar sair do lugar em que sempre me colocaram na família. A terapia ajudou muito por um tempo em sair desse lugar, agora espero que esse espaço ajude a sair desse lugar. Vamos ver....

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Cuiabá e suas intempéries....

Tem quase 3 semanas que não consigo me curar de uma gripe, na realidade uma faringite somada a uma sinusite. O médico informou que isso é comum dedivo as mudanças climáticas que ocorreram nas últimas semanas. Algo do tipo amanhecer aos 20º, a tarde está 37º e a noite está 19º... enfim...
Nunca fui muito boa com essas mudanças de clima. Quando era criança e morava em São Paulo, as mudanças de clime mais a poluição me fizeram uma criança frequentadora assídua do hospital em Moema. Pelo menos uma vez por mês estava lá com mais uma crise nas vias respiratórias...
Já adulta descubro que meu corpo não evolui muito em relação as suas defesas dessas intempéries de tempo e mais uma vez sofro... O pior é que a loucura do tempo continua. E somando-se a isso o fato de que agora tbm sou dona de casa e tenho afazeres domésticos, tenho que cozinhar e lavar louça com uma água que já sai morna, quse fervendo da torneira. Banho depois das 11h da manhã é impossível pois a água é capaz de pelar o corpo.
E isso porque ainda não chegamos em agosto e setembro que são os meses onde a temperatura vai para os seus 46º e a umidade do ar fica um pouco acima dos 10%....
Uma das piores coisas dessas semanas é que meu trabalho com o mestrado está parado, pois pensar, escrever, enfim trabalho intelctual e doença são as coisas mais dificeis de combinar. Se vc reproduzir um movimento... mas não é tem que botar a cabeça para funcionar... e nessas condições é difícil.... muito difícil... e assim minhas atividades profissionais vão se atrasando...., minha saúde não vai melhorando.... não sei mais o que fazer!!! O Senhor o que eu faço????